Estudo realizado pelo Núcleo
Brasileiro de Estágios (Nube), de janeiro a maio deste ano, mostra que 40% dos
candidatos a uma vaga de estágio foram reprovados nos testes de redação e no
ditado. Os erros mais comuns são as trocas do “x” pelo “z”, do “s” pela cedilha
e acentuação errada. Alguns dos candidatos cometem vários erros em uma só
palavra.
Segundo Nayara Rojas, analista de
recursos humanos, para ter mais chances o candidato deve acertar 70% dos
testes. “A redação e o ditado são as tarefas que têm o maior peso no processo
seletivo. É curioso, mas as pessoas que apresentam um baixo resultado no
português acabam tendo um baixo resultado nas outras tarefas, inclusive lógica
e matemática”, afirma.
Além dos problemas ortográficos,
os candidatos também foram reprovados porque tiveram um baixo desempenho em
raciocínio lógico (21%), não souberam se comunicar durante as atividades em
grupo (12%), não se apresentaram devidamente - nesse quesito entraram aspectos
como roupa, aparência e expressão corporal (12%), e não tinham os requisitos
exigidos pelas vagas (10%).
Quem já está no mercado e procura
recolocação profissional também comete erros que prejudicam a conquista de uma
vaga. De acordo com Marcelo Abrileri, consultor de carreira, currículos mal
formulados são muito frequentes. Eles chegam ao empregador sem informações que
diferenciem o candidato dos demais e que mostre os pontos fortes dele, além de
erros de português.
Além do currículo, uma
recolocação exige aparência na entrevista e cuidados ao se comunicar, buscando
falar bem o próprio idioma e até um segundo, caso a posição exija. Mostrar
pessimismo, desânimo, falta de vontade de encarar mudanças e falar mal do
empregador anterior são erros comuns que também devem ser evitados.
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