Considerado um dos maiores empreendimentos do interior do
Estado do Rio de Janeiro, o Superporto do Açu teve mais uma baixa em seus
projetos, com o anúncio da suspensão do contrato com a norueguesa Subsea 7 para
arrendamento de uma área no terminal TX2. O acordo renderia R$ 21 milhões anuais à empresa de
logística de Eike Batista, a LLX. Em novembro, houve a suspensão da instalação
da siderúrgica do grupo chinês Wuhan Iron and Steel Company (Wisco). Ontem, a
LLX anunciou novas etapas da obra no TX2.
Este contrato visava à instalação de uma unidade para
fa-bricação e revestimento de dutos rígidos submarinos de grande extensão
utilizados na indústria offshore de petróleo e gás. A Subsea 7 atua na
construção submarina e fornece serviços para a indústria de energia. O início
das atividades estava previsto para 2014. O contrato havia sido objeto de fato
relevante em 28 de maio de 2012. Com o aluguel da área e a utilização de
infraestrutura por dez anos, a expectativa da LLX era de uma receita de
aproximadamente R$ 21 milhões ao ano.
Segundo a LLX, as obras de alguns clientes estão em estado
avançado e devem entrar em operação este ano. A empresa esclarece, ainda, que a
decisão da Subsea 7 em rescindir o contrato deve-se a fatores externos,
principalmente relacionados a mudanças no setor de petróleo e gás.
— O Superporto do Açu oferece aos seus clientes vantagens
competitivas que poderão se beneficiar de sua localização estratégica no Norte
do estado do Rio de Janeiro, na região Sudeste do país, responsável por
aproximadamente 75% do PIB brasileiro, além de acessos a malha rodoviária e
ferroviária, assim como do incentivo fiscal com redução de alíquota de ICMS
para 2% ao invés de 18%. As indústrias que optarem por instalar suas unidades
no terminal TX2 do Superporto terão acesso direto ao mar através de um canal de
águas abrigadas, tendo à sua disposição um cais próprio — informou em nota.
Última baixa — A Wisco, quarto maior produtor de aço na
China, desistiu de instalar a usina após negociações para um investimento em
infraestrutura terem fracassado, segundo anunciou, na época, o presidente da
empresa, Deng Qilin. De acordo com o executivo, os parceiros da companhia no
Brasil não teriam conseguido fornecer condições necessárias para que a empresa
investisse no país. O acordo pa-ra a implantação do projeto da Wisco foi
assinado em abril de 2010 e previa a produção de cinco milhões de toneladas
mé-tricas de aço por ano.
LLX anuncia novas etapas de obra no Porto do Açu
O Superporto do Açu anunciou novas etapas de obra no TX2. A
empresa deu início à cravação de estaca nas obras de construção do cais de
apoio offshore e do Terminal Multicargas (TMULT) do TX2, terminal onshore do
empreendimento. As estacas-prancha e de carga (perfil metálico) funcionam como
uma cortina de contenção formando uma parede vertical. Cerca de 100 pessoas
estão mobilizadas para esta etapa da obra, que envolve o transporte de 15 mil
toneladas de estacas-prancha e 5.500 toneladas de perfis metálicos (estacas de
carga).
Três guindastes com capacidade para movimentação de até 250
toneladas já estão no empreendimento e serão utilizados na construção do cais
de apoio offshore e do TMULT. De acordo
com Carlos Ferreira, gerente de obra da LLX, a primeira fase da obra, com a construção
de 1.500 metros de cais de apoio offshore, está prevista para ser iniciada em
fevereiro.
Jane Ribeiro
Fonte: Folha da manha
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