quarta-feira, 10 de abril de 2013

Faetec abre 29 mil vagas para cursos



  A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), instituição vinculada à secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, abriu ontem as inscrições para 29.025 vagas em cursos de qualificação profissional em 94 unidades espalhadas pelo estado. As chances são em áreas como construção civil, informática, e hospitalidade e lazer. Para as unidades de Campos e região, o número de vagas ainda não foi divulgado porque está sendo definido.
  As inscrições devem ser feitas até o dia 23.04.2013 pelo site www.faetec.rj.gov.br. Aqueles que não têm acesso à internet podem procurar um dos 89 pólos da Faetec Digital para garantir o cadastro. O processo seletivo será feito por meio de um sorteio público, marcado para o dia 25, sendo o resultado divulgado logo no dia seguinte (26). As matrículas serão feitas até 30 deste mês. Na seqüência, serão abertas as vagas ociosas, que serão ocupadas por aqueles que ficarem aguardando reclassificação seguindo a ordem do sorteio. As aulas começarão no dia 13 de maio.
   Os cursos têm duração de apenas dez semanas. As oportunidades são nas Escolas Técnicas Estaduais, Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), Centros de Educação Tecnológica e Profissionalizante (Ceteps), entre outras unidades que compõem a rede de ensino da Faetec.
Em Campos, a Faetec tem três unidades: a Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins, o Colégio Agrícola Antonio Sarlo e o Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (Isepam).


Salário e demanda por Serviço Técnico Aumentam no Rio de Janeiro

Formação melhora em 24% a renda do profissional. Remuneração chega a R$ 2 mil

  Rio -  A formação técnica aumenta em 24% a renda dos profissionais e é uma das principais demandas do mercado de trabalho do país. Os dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) apontam também: a remuneração média das ocupações técnicas com mais urgência na indústria é de R$ 2.085,57, valor superior ao salário de diversos trabalhadores com Nível Superior.

O mercado absorve aqueles que optam pelo Nível Técnico. Em pesquisa divulgada nesta semana pelo Senai, dados revelam que 72% dos ex-alunos de cursos técnicos conseguem trabalho no primeiro ano depois de formados. Além disso, 73% estão ocupados em atividades relacionadas à área de formação. A renda média dos profissionais é 19% maior do que a dos empregados em outras áreas.
Estudo da entidade, feito no ano passado, indica que a grande procura por parte das indústrias faz com que as ocupações técnicas fiquem bem atrativas. Além de entrarem no emprego ganhando uma remuneração média de R$ 2 mil, o que equivale a mais de três salários mínimos, o diploma de curso técnico garante ainda um ganho salarial significativo à medida que se adquire experiência.
Na média nacional, os salários iniciais mais elevados são pagos aos técnicos em manutenção de aeronaves, em mineração e em mecatrônica, que recebem acima de R$ 2,3 mil. Técnicos em mineração, projetistas e técnicos em naval são os que ganham mais após dez anos de profissão: na média, acima de R$ 6,8 mil de remuneração.

Apesar da demanda mais expressiva e do número de chances estar bem centralizada na indústria, quem quer deslanchar como técnico pode escolher outras áreas.
De acordo com a professora Maria Cristina Lacerda, vice-presidente Educacional da Faetec, os setores que mais precisam de técnicos são: Ambiente e Saúde (técnico em Enfermagem com ênfase em Saúde da Família, por exemplo); Controle e Processos Industriais (técnicos em Eletrotécnica e Mecânica); Turismo, Hospitalidade e Lazer (técnico em Cozinha e Hospedagem); Informação e Comunicação (técnico em Informática); Infraestrutura (técnico em Edificações); Segurança (técnico em Segurança do Trabalho).
“Falta mão de obra qualificada para atender aos grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, relata a especialista da Faetec, ressaltando a urgência de capacitação de profissionais.
Falta pessoal em Petróleo e Gás
Nos últimos anos no Estado do Rio, petróleo e gás, químico e construção civil se tornaram áreas promissoras para profissionais com diploma em cursos técnicos. Porém, segundo especialista, ainda falta mão de obra qualificada. Esse é o principal entrave no mercado, tendo em vista que há formação gratuita e salários atraentes.

“O técnico em petróleo e gás pode ganhar R$ 10 mil quando ele já possui uma certa experiência na área, enquanto o graduado pode chegar a receber R$ 20 mil”, afirma Samuel Pinheiro, dono da Petrocenter, escola técnica especializada no setor.
O especialista aponta o caminho desse cenário: as maiores necessidades são de engenheiros mecânicos, químicos e elétricos, além de geólogos para atuar em pesquisa. Logo, o ideal é correr atrás de qualificação e especialização nessas específicas áreas.
“O curso técnico é totalmente focado na parte prática, no manuseio de equipamentos, no uso de laboratórios, na parte industrial, soldagem e maquinaria”, comenta Pinheiro. A graduação, ele compara, também permite conhecer a parte prática, mas não é o principal, já que áreas de planejamento e gestão são prioridades, assim como gestão e no planejamento de empresas.
Construção civil, assim como petróleo e gás, também passa por urgência de pessoal capacitado. De acordo com especialista em carreira, o mercado de trabalho do país carece de mão de obra qualificada para atuar em canteiros de obras, configurando um “apagão”.

Fonte:O dia




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